Segundo o Cioli, a lei municipal 1.008/2006 já proíbe a circulação e permanência de animais nas areias das praias. Mesmo assim, as multas, que variam entre R$ 43 e R$ 215, dependendo do porte e da situação flagrada, só devem começar a ser aplicadas na próxima temporada. “O foco é mesmo conscientizar sobre os vários tipos de doenças que podem vir por causa de cães em praias”, diz.
O médico veterinário Carlos Leandro Henemann, delegado do Conselho Regional de Medicina Veterinária, explica que não é recomendado levar cachorros às áreas de banho. Há risco de contaminação e proliferação de doenças, tanto para os donos quanto para os bichos. Parasitas, como o bicho de pé, e vermes são transmitidos por meio de fezes de animais. “Muita gente não entende que mesmo vacinados, os cães não estão totalmente protegidos. E os banhistas que frequentam essas áreas correm esses mesmos riscos”, diz.Para Henemann, o contato com animais abandonados e doentes é uma preocupação extra. Se um cão abandonado, por exemplo, tem sarna e deita na areia, pode passar a doença para uma criança que brincar no mesmo local. "Não tem sentido levar cachorros para a praia. Na calçada, tudo bem. Mas na areia é expor o animal e as pessoas a risco desnecessário", opina.
Para o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, até o índice de balneabilidade, que mede a qualidade da água do mar, é afetado pela presença de animais nas praias. Segundo Burko, por causa da chuva, o excremento de cães e gatos podem parar no mar. “Muitas vezes, ninguém percebe o estrago que as fezes de animais domésticos podem causar”, diz.
Fonte: portal.rpc.com.br

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