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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Eles também podem doar sangue

O pastor alemão Zeus, de 8 anos, foi a uma consulta de rotina no Hospital Vete­rinário da Pontifícia Uni­versidade Católica do Paraná (PUCPR) e sua dona, Lorena Maria Bertoli de Araújo, descobriu que ele podia salvar vidas. Enquanto aguardava na sala de espera, ela foi abordada por um médico veterinário, que explicou que seu cão tinha o perfil de um doador de sangue. Na mesma hora outro cachorro passava por uma cirurgia e precisava de transfusão. Após receber as explicações necessárias, ela concordou que seu cãozinho doasse sangue. Em pouco tempo o procedimento foi realizado e logo Zeus estava pronto para voltar para casa.

Assim como Lorena, que desconhecia que seu cão podia doar sangue, muitos proprietários não sabem da importância de cadastrar seu bichinho para ser um doador. Como Curitiba – e todo Paraná – não tem um banco de sangue animal, as clínicas e hospitais precisam ter à mão um cadastro de animais aptos a doar em casos de cirurgias de emergência. “Assim que soube como funcionava eu concordei. Hoje Zeus faz parte do banco de doadores da PUCPR. Depois de tirar sangue, ele ganhou uma refeição. Fiquei muito orgulhosa. Contei para todos os meus conhecidos”, diz ela.

No país, apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm bancos de sangue para animais. Nos outros estados as clínicas mantêm um cadastro de voluntários. Embora as listas não sejam grandes em cada local, ela costuma ser suficiente na maioria das vezes. “Quando não temos ne­­nhum cadastrado, pedimos ao do­­no do bicho que vai passar pela cirurgia que procure conhecidos que tenham um animal que possa fazer a doação. Os cães do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar também são nossos doadores”, afirma a médica veterinária do Hospital Veterinário da PUCPR, Ana Laura Domico.

Perfil

Para serem doadores, os cães precisam ter entre 1 e 8 anos, pesar mais de 25 quilos, estar com todas as vacinas em dia, livres de verminoses e outras doenças. Para os gatos são as mesmas indicações, exceto o peso, que deve ser acima de cinco quilos. O tipo sanguíneo dos felinos é semelhante ao humano. Já os cães têm uma variação maior, com 20 tipos sanguíneos. Mas os veterinários explicam que os testes de compatibilidade são feitos na hora. Ana Laura diz que o ideal é que os animais sejam dóceis para que não precisem ser anestesiados na hora de retirar o sangue. “Se ficar agitado pode romper a veia, por isso ou ele fica paradinho enquanto realizamos o procedimento ou temos que anestisá-lo. Então preferimos algumas raças tranquilas, como pastor alemão, labrador e rottweiler.”

Um animal pode doar a cada dois meses. Assim que termina a retirada do sangue, cães e gatos permanecem bem, sem qualquer alteração de comportamento. A quantidade retirada depende do tamanho e do peso do animal. Como os cães passeiam mais e estão mais sujeitos a acidentes que os gatos, eles são os que mais precisam de transfusão.

fonte: www.gazetadopovo.com.br

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